Turismo Macabro

    O Turismo Macabro tem como principal objetivo entreter, resgatar memórias e gerar conhecimentos com base em histórias cercadas de mistérios ou elementos fúnebres. É um tipo de turismo pouco divulgado mas que tem ganhado forças com o interesse por locais que passaram por um histórico de sofrimento, massacre ou mistérios não solucionados. Envolve praticamente a sensação de reviver tragédias e cenas de violência. Durkin (2003) acredita que por mais que a negação seja coletiva para este tipo de atividade, em termos individuais o funcionamento é diferente e cada vez mais há a busca por um maior entendimento, seja por meio de filmes, livros e até mesmo viagens. 

IMAGEM I - Cemitério da Consolação no Centro de São Paulo

Fonte: A vida no Centro

    Antecedendo a terminologia atual “turismo macabro”, o fenômeno surgiu pela especulação de uma massa expressiva, fascinada pelo contexto mórbido de tragédias e catástrofes. Esse tipo de turismo tem uma longa história e tem sido descrito como uma tradição thanatológica que remonta as visitações de cenários de batalhas como a de Waterloo ou as ruínas de desastres naturais como as de Pompéia. O Centro de São Paulo foi palco de vários acontecimentos históricos. Da revolução de 1932 a passeatas estudantis contra a ditadura militar, a região coleciona histórias boas e ruins. Os mais céticos podem discordar, mas há quem diga que a região é também repleta de uma intensa energia espiritual. Afinal, tantos anos de história deixaram suas marcas no velho Centro. De suicídios no Viaduto do Chá ao "Crime do Poço", do incêndio do Edifício Joelma a fenômenos estranhos no Martinelli, algumas coisas são difíceis de serem explicadas.



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