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Igreja Santa Cruz das Almas dos Enforcados e Igreja católica Romana Capela Nossa Senhora dos Aflitos

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 A Igreja Santa Cruz das Almas dos Enforcados, localizada no bairro da Liberdade, em São Paulo, tem sua origem nas circunstâncias que envolveram o suplício de Francisco José das Chagas, mais conhecido como “Chaguinhas” no dia 20 de setembro de 1821.  Chaguinhas foi um cabo negro do Primeiro Batalhão de Santos no período do Império português. Em 27 de julho de 1821 irrompeu em Santos (litoral paulista), o motim de parte da guarnição, cerca de 100 revoltosos, do Primeiro Batalhão de Caçadores em Santos.   O cabo Chaguinhas assumiu a liderança dos amontinados e ao lado do seu parceiro Joaquim José Cotindiba comandou o ataque a uma embarcação de bandeira portuguesa, reivindicando salários atrasados há 5 anos, aumento do soldo e igualdade no tratamento de soldados brasileiros e portugueses.  No dia 20 de setembro de 1821, no Largo da Forca, conhecida atualmente como Praça da Liberdade, ocorreu a execução de Cotindiba, e logo após, a mesma corda foi recolocada no patíbulo de enforcamentos e

As celas da Deops/SP: Um resgaste aos presos torturados pela Ditadura Militar

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     O edifício que hoje abriga o Memorial da Resistência sediou, por mais de quatro décadas, o Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo – Deops/SP. A exposição de longa duração apresenta ao público o que restou de seu espaço carcerário, composto por 4 celas, o corredor principal e o corredor do banho de sol.      Os locais testemunharam atrocidades e desencanto, mas também acolheram atitudes de coragem, fraternidade e resistência, e hoje servem como inspiração para a valorização dos princípios democráticos e o respeito à diferença.      A construção da memória: o cotidiano nas celas do Deops/SP.  O conjunto prisional é composto por quatro celas, um corredor principal e um corredor para banho de sol. Em cada um dos espaços, painéis e outros suportes audiovisuais apresentam desde o processo de implantação do Memorial da Resistência aos testemunhos sobre o cotidiano na prisão  as informações vieram de depoimento dos presos em forma de áudio e cartas que a própria

O Cemitério da Consolação e os mistérios fúnebres

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     Apesar de inaugurado no dia 15 de agosto de 1858, podemos dizer que a história do cemitério da Consolação é mais antiga, remontando mesmo ao ano de 1829.  Abriga um grande número de sepulturas de figuras conhecidas, além de personalidades da história paulistana, como Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Monteiro Lobato, Ramos de Azevedo, Marquesa de Santos, Líbero Badarò e o monumental mausoléu da Família Matarazzo, considerado o maior da América do Sul, com altura aproximada de um prédio de três andares.       Seu principal objetivo na época era de garantir a salubridade e evitar epidemias, pois viria para substituir o hábito então recorrente de sepultar os mortos no terreno das igrejas, a prática era sepultar os corpos em solo sagrado, ou seja, no terreno de igrejas, pois o senso comum dizia que a proximidade com os santos auxiliaria a entrada daquelas almas no Paraíso.      No entanto, isso trazia inúmeros problemas de saúde pública e assim, com o surgimento de noções sobre san